Dono de ferro-velho suspeito de tentativa de homicídio é solto

  • 11/09/2025
(Foto: Reprodução)
Marcelo é dono do ferro-velho onde Paulo Daniel e Matusalém trabalhavam Redes sociais O empresário Marcelo Batista da Silva, que é investigado pelo duplo homicídio de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, e tinha sido preso por tentativa de homicídio contra outras três pessoas, em Salvador, foi solto na manhã desta quinta-feira (11). A prisão preventiva contra ele foi decretada no dia 25 de agosto e encaminhada para cumprimento no dia seguinte. O homem foi localizado em um ferro-velho no bairro de Pirajá, na capital baiana, durante ação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para saber o que motivou a soltura, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. 📲 Clique aqui e entre no grupo do WhatsApp do g1 Bahia De acordo com o delegado Vítor Spinola, no dia da prisão, Marcelo se escondeu embaixo de um armário e reforçou a fechadura do acesso ao local onde foi encontrado. Para ele, o empresário agiu de "de forma ardilosa" e os policiais tiveram dificuldade para entrar no local. "Marcelo e outros indivíduos que estavam ali trabalhando foram localizados no terceiro pavimento, escondidos embaixo de um armário de ferro", relatou o delegado. Apesar de ser investigado pelo duplo homicídio de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, o mandado de prisão preventiva contra Marcelo é decorrente da tentativa de homicídio contra outras três pessoas — duas delas também ex-funcionárias de sua empresa, que foram alvos de disparos de arma de fogo, mas conseguiram escapar. Empresário é preso por tentativa de homicídio contra três pessoas na Bahia Marcelo é acusado de matar Paulo Daniel Pereira e Matusalém Lima Muniz, desaparecidos desde 4 de novembro de 2024. Conforme apontam as investigações, as vítimas teriam sido torturadas e mortas no galpão do estabelecimento. Os corpos deles não foram encontrados até esta quinta (11). Os jovens desapareceram após saírem para trabalhar como diaristas em um ferro-velho de Marcelo, no bairro de Pirajá. Eles passaram cerca de três semanas atuando no local. Empresário acusado de matar funcionários de ferro-velho é preso na Bahia Suspeito se apresentou à Justiça após ficar dois meses foragido No dia 9 de junho deste ano, Marcelo Batista se apresentou voluntariamente à Justiça, após passar mais de dois meses foragido pela acusação quanto às mortes de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz. Na ocasião, o juiz Vilebaldo José de Freitas decidiu conceder liberdade provisória ao empresário e determinou medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e proibição de sair da cidade. Na decisão, o magistrado argumentou que a apresentação espontânea de Marcelo, acompanhada da entrega do passaporte e um pedido formal de desculpas, demonstrou "arrependimento e respeito ao Judiciário". Com isso, a prisão preventiva contra Marcelo Batista foi revogada pela segunda vez, sendo substituída por medidas cautelares severas. O juiz considerou que não havia provas de ameaça a testemunhas nem indícios de que o acusado representasse perigo à ordem pública. Conforme a decisão, o descumprimento de qualquer uma das condições poderia levar à imediata revogação da liberdade e à decretação de nova prisão preventiva, sem necessidade de oitiva prévia, o ato de ouvir uma pessoa em um processo legal, seja testemunha ou réu. Jovens desapareceram após saírem para trabalhar na capital baiana TV Bahia Relembre o caso No dia 27 de março, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o empresário e o soldado da Polícia Militar Josué Xavier Pereira pelos homicídios dos jovens. Segundo o órgão, os crimes foram cometidos por motivo torpe, meio cruel, com recursos que dificultaram as defesas das vítimas e ocultação dos cadáveres. Em 31 de março, a Justiça da Bahia acatou a denúncia do MP-BA, tornando réus Marcelo e Josué, e decretou mais uma vez a prisão preventiva do empresário. A audiência de instrução dos acusados está agendada para o dia 16 de junho. Marcelo era procurado pela polícia desde novembro de 2024, quando a prisão preventiva foi determinada pela primeira vez. No entanto, em março deste ano, foi concedida a liberdade provisória e ele passou a não ser mais considerado foragido até a nova decisão no fim daquele mês. Empresário suspeito e manchas no carro: o que se sabe sobre desaparecimento de funcionários de ferro-velho na Bahia Laudos periciais apontam que funcionários de ferro-velho desaparecidos em Salvador foram mortos, diz polícia Empresário investigado por desaparecimento de funcionários na Bahia é apontado como mandante de dois assassinatos Em contato com a produção da TV Bahia, os advogados de Marcelo esclareceram que o pedido de prisão foi motivado pelo descumprimento das medidas cautelares impostas pela Justiça. A defesa detalhou que, quando o juiz revogou a prisão anterior, ele determinou algumas condições, como a proibição de Marcelo se ausentar do estado, a obrigatoriedade de comparecer mensalmente ao fórum e o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, como as medidas não foram cumpridas, o juiz, seguindo a legislação, solicitou novamente a prisão. Os advogados não justificaram por que o homem violou essas medidas. Em março, outros dois envolvidos no caso também tiveram liberdade concedida. No entanto, não foi detalhado o envolvimento dos homens no crime, que segue sob investigação. O caso está em segredo de Justiça. Soldado da PM solto O soldado Josué Xavier, também suspeito de envolvimento nas mortes, foi solto após o fim do prazo da prisão temporária, em janeiro deste ano. Com a soltura, o militar voltou a fazer parte do quadro da corporação, mas para atuar no setor administrativo até o fim das investigações. Ele é lotado na 19ª Companhia Independente (CIPM), em Paripe. Além do policial, o gerente do ferro-velho, Wellington Barbosa, conhecido como "Cabecinha", também foi preso. Ele cumpria prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, porque foi diagnosticado com hanseníase, doença que pode atingir a pele e nervos, causando incapacidades físicas. Na última vez que falou sobre o assunto, o delegado José Nélis, da 3ª Delegacia de Homicídios, responsável pelas investigações, disse que ainda não era possível afirmar a participação de cada um dos presos na ação. Ainda assim, as apurações da Polícia Civil já concluíam que Paulo Daniel e Matusalém foram mortos. O g1 entrou em contato com a Polícia Militar para questionar se Josué Xavier continua realizando atividades administrativas e aguarda retorno. Quem é Marcelo Batista da Silva? Empresário preso em Salvador se escondeu embaixo de armário em ferro-velho Arquivo pessoal Marcelo Batista da Silva é o dono do empreendimento. Além de ser acusado pela morte dos dois jovens, o nome do empresário aparece em investigações a respeito de outros crimes. Segundo a polícia, ele é: investigado por duplo homicídio; investigado por tentativa de homicídio; suspeito de envolvimento com milícia e facção criminosa; responde por violência doméstica contra a ex-mulher. Na Justiça do Trabalho, o homem responde a nove processos que estão em tramitação. Outros 60 foram arquivados. As acusações abordam descumprimento de pagamento de salário, horas extras, assédio sexual e tortura. LEIA TAMBÉM: Mais de 40 dias após funcionários de ferro-velho desaparecerem em Salvador, policial e gerente do local são presos Caso ferro-velho: Polícia Civil reforça buscas por desaparecidos e pede a prisão de mais dois suspeitos Carro de patrão de jovens desaparecidos em Salvador é incendiado; empresário é acusado de sequestro por famílias Ao longo das investigações sobre o desaparecimento dos jovens, o carro do suspeito foi periciado após ser encontrado em uma loja especializada em veículos de alto patrão, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Avaliado em R$ 750 mil, o carro foi deixado no local por outro homem, que solicitou a troca dos bancos alegando ter adquirido o bem com alguns pontos de sujeira. Para a Polícia Civil, a suposta sujeira pode se tratar de vestígios de sangue dos rapazes. A versão dada pelo empresário, em 8 de novembro, antes de ter o primeiro mandado de prisão expedido, é que teve cinco toneladas de fardo de alumínio furtados em dois meses e que conseguiu recuperar 500 quilos em 3 de novembro, após seguir o caminhão usado no crime. Segundo ele, no dia 4 de novembro, enquanto registrava ocorrência policial contra um terceiro funcionário, que não teve o nome divulgado, Paulo Daniel e Matusalém foram flagrados em outro furto à empresa. Marcelo Batista ainda informou que planejava ligar para a polícia, para fazer um flagrante no dia seguinte e recuperar a carga roubada. No entanto, segundo ele, os jovens não apareceram para trabalhar e nunca mais entraram em contato. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻 O

FONTE: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/09/11/empresario-que-foi-preso-em-salvador-por-tentativa-de-homicidio-contra-tres-pessoas-e-solto.ghtml


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