Manifestantes pedem fim do feminicídio e da violência contra a mulher em ato na Bahia
14/12/2025
(Foto: Reprodução) Manifestantes pedem fim do feminicídio e da violência contra a mulher em ato na Bahia
Mariana Barreto/TV Bahia
Manifestantes se reuniram, neste domingo (14), em Salvador, em um ato pelo fim do feminicídio e da violência contra as mulheres. O grupo saiu em caminhada pela orla da Barra, do Cristo ao Farol.
O ato "Mulheres Vivas" faz parte de uma mobilização nacional, convocada em várias cidades brasileiras após a repercussão de casos de violência em diversas partes do país. Na Bahia, um dos casos mais recentes foi o assassinato de Rhianna Alves, mulher trans, vítima de golpe "mata-leão" aplicado pelo motorista por aplicativo Sérgio Henrique Lima dos Santos, de 19 anos.
🔎 Pela lei brasileira, feminicídio é o homicídio de uma mulher cometido por razões da condição de ser mulher, como violência doméstica, familiar, menosprezo ou discriminação de gênero, com penas como reclusão de 20 a 40 anos.
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Manifestantes pedem fim do feminicídio e da violência contra a mulher em ato na Bahia
Mariana Barreto/TV Bahia
Com cartazes, faixas e camisetas, os manifestantes cobraram a responsabilização dos agressores e o fortalecimento das políticas públicas de combate à violência de gênero.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), entre janeiro e 8 de dezembro de 2025, a Bahia registrou 97 feminicídios.
Entre as 10 cidades baianas que mais registraram feminicídios, Salvador lidera a lista com 10 ocorrências no período. Em seguida estão Feira de Santana, com cinco casos, e Camaçari, com quatro.
Manifestantes pedem fim do feminicídio e da violência contra a mulher em ato na Bahia
Mariana Barreto/TV Bahia
Medidas protetivas
As mulheres não necessitam de um fato que é considerado crime para solicitar uma medida protetiva. Ciúme excessivo, perseguição ou controle de patrimônio, por exemplo, já são situações em que a mulher pode solicitar a proteção.
A medida protetiva pode ser solicitada através da Polícia Civil: na delegacia mais próxima, na Delegacia da Mulher, pelo site da Delegacia Eletrônica, ou pelo número 197.
A autoridade policial registrará o pedido e irá remetê-lo ao juiz (a), que deverá apreciar este requerimento em até 48 horas.
👉 Caso a medida protetiva concedida não cesse as agressões ou ameaças, a mulher pode solicitar outras medidas protetivas mais adequadas, bem como denunciar o descumprimento da medida. O descumprimento é configurado crime.
O que é feminicídio?
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